É impossível assistir Jessica Jones e não se apaixonar por ela, não se enxergar em algum
momento naquela mulher com super força, mas que foge de um homem dominador, violento e possessivo. Jessica é a melhor heroína de todos os tempos, porque ela (finalmente!) representa um pouquinho de todas as mulheres no mundo. Ela não usa colant nem decote, é alcoólatra e quase não tem amigos, mas aos poucos nós vamos gostando dela e sentindo empatia por uma mulher que só quer pagar suas contas e viver sua vida, depois de passar meses num relacionamento abusivo.
Kilgrave tem o poder de dominar a mente das pessoas, mandando-as fazer o que ele quiser. Sua maior frustração é que Jessica conseguiu se libertar e foge dele a todo o custo, porque ela sabe o que sua super força significa ao alcance de um homem sádico como ele – e também porque ela o odeia!
Jessica está cercada de pessoas maravilhosas: sua melhor amiga que a ajuda em vários momentos; o dono de bar Luke Cage – que (ouvi dizer que) vai ganhar um seriado -; o vizinho que ela ajuda a sair das drogas; a garota que também é vítima de Kilgrave e move a trama. E é uma temporada com final! Pra quem (como eu), detesta séries que se prolongam sem responder às perguntas.
Indico muitíssimo e agradeço a Netflix por ter produzido algo tão bom, com uma heroína a altura de qualquer outro herói Marvel, mas que além de ter super poderes, é humana, real e que representa muitas mulheres reais que todos nós conhecemos.
Grandes textos sobre Jessica Jones:
Jessica Jones e a possibilidade de se enxergar como uma heroína;
Jessica Jones: abuso, resistência e mulheres que não precisam de homens para salvá-las
Letrificando 